No dia 4 de abril, é celebrado no Brasil o Dia Nacional do Parkinsoniano, data que tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre o Mal de Parkinson, doença que afeta o sistema nervoso central e atinge cerca de quatro milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 200 mil somente no Brasil. A doença é caracterizada por afetar a movimentação muscular do indivíduo e por sintomas como tremores involuntários, rigidez corporal, instabilidade de postura e lentidão de movimentos, atingindo pessoas a partir dos 60 anos.
O Mal de Parkinson é causado por uma diminuição considerável na produção de um neurotransmissor chamado dopamina, responsável por transmitir as mensagens entre as células nervosas e na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática. Na falta da dopamina, particularmente em uma região cerebral conhecida como substância negra, o controle motor do indivíduo é severamente afetado, causando os tremores e outros sintomas característicos da doença.
Ainda não existem respostas definitivas sobre a tão buscada cura para a doença e nem sobre os motivos que ocasionam seu desenvolvimento — estima-se que fatores hereditários e até ambientais possam causar o Mal de Parkinson —, mas a boa notícia é que tratamentos preventivos e para controle da doença com ativos e suplementos têm apresentado excelentes resultados. Confira a seguir os principais ativos que cientistas e pesquisadores apontam como os mais promissores no enfrentamento à doença:
Ativos eficazes na prevenção e controle do Mal de Parkinson
Ômega 3
O ômega 3, ácido graxo que pode ser encontrado em alguns tipos de peixes, algas, sementes e oleaginosas, é apontado como um nutriente promissor no tratamento do Mal de Parkinson. Isso porque, segundo pesquisas relacionadas sobre o assunto, a suplementação com ômega 3 pode oferecer uma excelente proteção aos neurônios dopaminérgicos contra a morte celular induzida por neurotoxinas, o que ajudaria a reduzir as chances de desenvolvimento da doença e retardar os sintomas.
Pessoas com Mal de Parkinson e outros transtornos neurodegenerativos podem apresentar sérias deficiências em ácidos graxos poli-insaturados, as chamadas “gorduras do bem”. Por isso, uma dieta rica em ômega 3 ajuda a reduzir os riscos cerebrais associados à falta desse nutriente.
Picnogenol
Uma mistura específica de procianidinas, oligômeros da catequina e da epicatequina com ácido gálico, extraídos da casca do pinho marítimo francês, o picnogenol é uma substância que age como potente antioxidante, além de possuir ação anti-inflamatória que melhora a capacidade do fluxo sanguíneo cerebral. Com isso, é capaz de proporcionar incríveis benefícios em pacientes cuja função cognitiva esteja deteriorada devido à idade avançada.
Pesquisas realizadas apontam que a suplementação com picnogenol auxilia na estabilização neurológica e melhora na função cerebral em relação aos aspectos motores e posturais, além de amenizar o edema periférico presente nos pacientes com Mal de Parkinson que participaram do estudo.
Creatina
A creatina é uma substância composta a partir de alguns aminoácidos e produzida pelo fígado, rins e pâncreas, além de estar presente em carnes, peixes, frango, ovos, frutos de mar, leite e seus derivados. Segundo pesquisas, a suplementação com creatina possui enorme potencial na proteção e prevenção contra o Mal de Parkinson, diminuindo os danos na síntese de dopamina e o déficit energético nas células neuronais, contribuindo para uma melhora significativa na atividade cerebral.
Vitamina E
Presente em amêndoas, nozes, sementes de girassol, fígado, vegetais de folhas verdes e azeite de oliva, a vitamina E ajuda a proteger as células cerebrais que produzem a dopamina, além de proporcionar efeitos importantes para o controle dos movimentos e funções do cérebro como a memória. Com seu poder antioxidante, a vitamina E impede os radicais livres e as gorduras trans de se ligarem a células sadias e adoecê-las, protegendo a substância negra no cérebro e prevenindo o Mal de Parkinson.
Vitamina B12
Cientistas descobriram que a forma ativa AdoCbl, presente na vitamina B12, pode agir como inibidor das mutações responsáveis pela progressão e desenvolvimento do Mal de Parkinson. Além disso, a vitamina B12 (presente em peixes, fígado, cereais e frutos do mar) atua diretamente na formação de glóbulos vermelhos no sangue e no funcionamento do sistema nervoso; por este motivo, seu consumo está relacionado com a prevenção de doenças neuro-motoras, como o Mal de Parkinson.
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